VII COLÓQUIO INTERNACIONAL: MUSEUS, ARQUIVOS E SUAS INTERFACES

APRESENTADOR(A) – GRADUAÇÃO

Nesta categoria deverão se inscrever aqueles(as) que desejam apresentar seus trabalhos concluídos ou em andamento, de Iniciação Científica, Trabalhos de Conclusão de Curso ou trabalhos resultantes de outros projetos institucionais.

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APRESENTADOR(A) – PROFESSORES/AS

Nesta categoria deverão se inscrever docentes/pesquisadores(as) que desejam disseminar e discutir suas pesquisas e/ou projetos.

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APRESENTADOR(A) – PÓS-GRADUAÇÃO

Nesta categoria devem se inscrever discentes de Pós-Graduação (Mestrado ou Doutorado).

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OUVINTE

Nesta categoria devem se inscrever todos(as) aqueles(as) que desejam participar do evento, sem apresentação de trabalho. Nesta categoria, os(as) inscritos participam de todas as atividades programadas.

CRONOGRAMA DE APRESENTAÇÕES

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Simpósio 1

Data: 01/07/2025

Horário: 14h

Proponente: Profa. Dra. Leliane Ortega

MUSEU COMO ESPAÇO DE APRENDIZAGEM: ENSINO, PESQUISA E PRODUÇÃO DE SENTIDO

Experiências educativas desenvolvidas entre os espaços museu e escola podem possibilitar aprendizagens sensíveis, críticas e interdisciplinares. Considerando essa relação, o presente simpósio propõe a discussão sobre as interfaces entre museus, escolas e práticas docentes, tendo como foco a apresentação de pesquisas, relatos de experiência e propostas didáticas que envolvam visitas a museus, produção de materiais pedagógicos e ações educativas vinculadas ao patrimônio e à memória. Trata-se de um espaço de escuta e compartilhamento que busca reunir trabalhos que reflitam sobre o lugar dos professores como mediadores culturais e produtores de conhecimento, a partir da articulação entre a educação sistematizada e os espaços museológicos. O simpósio tem o intuito de fortalecer redes de colaboração e ampliar a presença qualificada da escola nos espaços de memória e cultura. Busca-se, assim, fomentar o diálogo entre professores, pesquisadores e educadores de museus, incentivando práticas que ampliem o potencial pedagógico desses espaços. Ao promover essa interação, pretende-se dar visibilidade às práticas docentes e às pesquisas que tensionam os limites entre educação formal e não formal, ampliando o debate sobre as potencialidades educativas dos museus, especialmente diante dos desafios contemporâneos de formação crítica e cidadã. Convidamos professores, pesquisadores, estudantes e educadores museais a se somarem a essa discussão, fundamental para a educação contemporânea.

Palavras-chave: Museu e educação; Prática docente; Ensino e memória; Propostas didáticas.

Simpósio 02

Data: 03/07/2025

Horário: 14h às 16h

Proponentes: Ma. Géssica Aparecida Cappoani (LABELL/PPGL/UFPR); Ma. Ellen Taborda Ribas (LABELL/PPGL/UFPR)

FUNCIONAMENTOS DISCURSIVOS DA/NA/SOBRE A MÍDIA

Este simpósio propõe-se reunir discussões e reflexões acerca do funcionamento dos discursos veiculados na mídia, sobre a mídia e por meio dela em suas diferentes materialidades, apreendendo a sua relação com as condições de produção e circulação na nossa formação social. Entendemos, com base em Maldidier (2003, p. 23), que as condições de produção estão juntamente com a linguagem, fazendo com que “um discurso seja o que é: o tecido histórico-social que o constitui”. Consideramos o discurso da/na/sobre a mídia como produto de um sujeito sócio-histórico que, segundo Indursky (2021, p. 19), “não tem domínio da memória discursiva, seja ela o interdiscurso ou a formação discursiva que afeta o seu dizer. Em função disso, sua narrativa está sujeita a furos, distorções e, mesmo, a desconhecimento de fatos”. Serão aceitos trabalhos e pesquisas em andamento ou concluídos fundamentados nos pressupostos teóricos-metodológicos da Análise de Discurso de linha francesa, que tomem como objeto de reflexão os funcionamentos discursivos e a produção de sentidos da/na/sobre a mídia. Assim, partindo do entendimento de que o discurso midiático é um gesto de interpretação do real, reproduzindo-se e transformando-se continuamente, busca-se fomentar debates em torno dos efeitos de sentido, constituídos a partir das filiações a formações discursivas, no curso da história.

Palavras-chave: Discurso; Mídia; Condições de Produção; Circulação.

Simpósio 3

Data: 04/07/2025 (sexta-feira)

Horário: 14h

Proponentes: Ma. Graciele de Fatima Amaral (PPGL/UNICENTRO); Me. Maxmillian Gomes Schreiner (LEDUNI/PPGL/UNICENTRO)

ARQUIVOS E MANIFESTAÇÕES DE RESISTÊNCIA: PRODUÇÕES À MARGEM QUE DESAFIAM AS HEGEMONIAS

Este Simpósio temático prioriza a reflexão crítica sobre manifestações nas quais as vozes marginalizadas irrompem contra as normas hegemônicas. Interessa-nos os trabalhos que se voltem para a linguagem, de maneira geral, e que considerem, nas análises, as interfaces entre língua, literatura, artes e história. Toma-se a ideia de “manifestações” a partir de uma mirada ampla e diversa, assim, são aceitas pesquisas que analisem imagens, livros de ficção, audiovisuais, músicas, manuscritos, registros orais, performances, peças de dramaturgia, desfiles carnavalescos, peças de publicidade, editoriais, matérias jornalísticas etc. –, as quais sustentem ponto de vistas marginalizados, especialmente feitas por sujeitos e sujeitas periféricas, indígenas, queer, negras, feministas, terceiro-mundistas, entre outras. Busca-se destacar os papeis exercidos por essas manifestações na disputa em torno das verdades da história. Para tanto, os suportes, os formatos e os meios de circulação dessas vozes importam ser colocados em discussão, tanto no tocante à produção quanto à recepção e circulação, ou seja, pesquisas que deem visibilidade às produções compreendidas como fora do eixo hegemônico ou que a ele se dirijam para questioná-lo. Com isso, visamos destacar como a relação entre resistência e inovação estética é capaz de produzir outras subjetividades e fissurar os arquivos históricos já consolidados. Para fundamentar as discussões propostas neste simpósio, sugere-se um conjunto de obras que abordem temas como teoria crítica marginalizada, materialidades culturais à margem, literaturas periféricas (escritas, oralidades e performances), além de estudos queer, LGBTI+ e de mulheres. Na esteira da teoria e crítica das produções, gênero, decolonialidade, identidades, destacam-se autores(as) como Aimé Césaire, Frantz Fanon, Ferréz, Anibal Quijano, Maria Lugones, Gayatri Spivak, Judith Butler, bell hooks, Stuart Hall, Lélia Gonzalez, Paul B. Preciado, entre outras/os/es. Tais referências contribuem, também, para uma análise decolonial e proporcionam investidas interdisciplinares sobre as manifestações que emergem desde uma perspectiva marginalizada.

Palavras-chave: Identidades marginalizadas; Resistência; Disputa histórica; Linguagem.

Simpósio 04

Data: 03/07/2025

Horário: 14h

Proponentes: Profa. Dra. Denise Gabriel Witzel (LEDUNI/PPGL/UNICENTRO); Ma. Thaise Maria Armelin Elias (LEDUNI/PPGL/UNICENTRO); Érika Adriely Müller Rodrigues (LEDUNI/ PPGL/Unicentro); Dr. Felipe Soares (LEDUNI/ PPGL/Unicentro)

VOZES MARGINALIZADAS: DISCURSO, PODER E RESISTÊNCIA SOB A ÓTICA DOS ESTUDOS DISCURSIVOS FOUCAULTIANOS

Ao escrever sobre a vida dos homens infames, Michel Foucault (2018) mostra como essas existências foram atravessadas pelo discurso de maneira que elas fossem “efetivamente riscadas e perdidas”. São vidas consideradas anormais e trazidas à luz porque se chocam com o poder, transgredindo normalizações e, por isso, precisam confessar as suas práticas “anormais”, a fim de retornarem à obscuridade. Nessa direção, este simpósio propõe refletir sobre a relação entre discurso, poder e resistência, conceitos fundadores da genealogia de Michel Foucault, priorizando os trabalhos que tanto dão visibilidades a sujeitos históricos e sistematicamente marginalizados quanto analisam o funcionamento de discursos que contribuem (contribuíram) para os processos de subjetivação – linhas de fuga - e para as fraturas que propiciam as práticas de liberdade. Serão acolhidas pesquisas interessadas em descrever e analisar discursos dos que lutam do lado dos mais vulneráveis, empobrecidos, sujeitos infames, no entendimento de Foucault (2018); lutam, no campo do discurso e fora dele, contra a violência de gênero, étnico-racial e quaisquer outras que vão de encontro ao reconhecimento e à prática da universalidade dos direitos humanos. Nossa expectativa é promover um diálogo orientado, preferencialmente, pelos Estudos Discursivos Foucaultianos de modo a ser discutida a emergência de discursos atrelados ao racismo, sexismo, homofobia, xenofobia, violência de gênero, desigualdades socioeconômicas e outras formas de opressão que excluem ou silenciam sujeito-as, atravessam suas vidas, existências e essas são, muitas vezes, riscadas, perdidas ou apagadas nas palavras.

Palavras-chave: Anormais; Infames; Michel Foucault; Sujeitos.

Simpósio 5

Data: 02/07/2025

Horário: 14h

Proponentes: Dra. Daiane Corrêa da Silva (LABELL/UNICENTRO); Ma. Katielli Chaves Antunes (LABELL/UNICENTRO)

O DITO E NÃO DITO SOBRE O ESPAÇO URBANO E LUGARES DE GUARDA

A organização dos espaços urbanos permite instaurar gestos de interpretação que, pelo fio do discurso, direcionam para os sentidos de apagamentos, silenciamentos ou ainda marcam o que se pode ou não dizer a partir das instituições que o controlam. Na perspectiva discursiva, os discursos ressoam na história pela memória, no qual o silêncio marca a linguagem e as relações sociais. O silêncio fundador é intrínseco ao dizer a interpretação, constituindo o discurso, também marcando as diferenças sociais, a luta de poder e divisão de classes dos grupos sociais para além do espaço/tempo. Conforme enfatiza Orlandi (2007), “não se pode compreender o funcionamento da linguagem sem compreender o estatuto particular do silêncio nos processos de significação”. Neste sentido, este simpósio recebe trabalhos que tratam das temáticas de espaço urbano e seus lugares de guarda, bem como os mitos constituídos pela relação entre linguagem e formação social, voltado tanto para pesquisadores iniciantes na AD, quanto pesquisadores consolidados. Partimos da Análise de Discurso de corrente francesa, desenvolvida por Michel Pêcheux, e dos estudos realizados no Brasil por estudiosas como Eni Orlandi e demais pesquisadores que discutem sobre o espaço urbano. A partir disso, discutimos como o silêncio e a memória significam e ressignificam as narratividades históricas. Propomos duas questões norteadoras para os trabalhos, quais sejam: 1) Como o silêncio é evidenciado nos processos de significação dos espaços urbanos? e 2) Como o silêncio, a memória e a língua ressignificam as narratividades históricas que discutem o espaço urbano?

Palavras-chave: Espaço urbano; Memória; História; Silêncio; Análise de Discurso

Simpósio 6

Data: 03/07/2025

Horário: 14h

Proponentes: Prof. Dra. Cindy Mery Gavioli-Prestes (UNICENTRO); Profa. Dra. Cláudia Maris Tullio (UNICENTRO); Ma. Micheli Rosa (UnB); Ma. Marieli Rosa (USP)

LINGUÍSTICA EM REDE: LINGUÍSTICA, ARQUIVOS E IA EM TRAVESSIAS CONTEMPORÂNEAS

Este simpósio tem como objetivo promover reflexões interdisciplinares sobre os efeitos da inteligência artificial generativa (doravante IA) na constituição de discursos, práticas científicas e processos de mediação cultural. Partindo de aportes da linguística, propõe-se investigar como a IA atua na (re)produção de sentidos, nas transformações epistemológicas da ciência e nas dinâmicas comunicacionais de espaços de memória. Considera-se que museus e arquivos, enquanto instituições que preservam e comunicam saberes, encontram-se atravessados por novas tecnologias que afetam modos de narrar, registrar e experienciar o conhecimento. O simpósio acolhe tanto trabalhos que abordem criticamente o uso de IA em contextos de curadoria digital, educação museal, produção de documentos sintéticos, entre outros, buscando compreender como essas ferramentas remodelam as fronteiras entre linguagem, tecnologia e patrimônio, quanto trabalhos que discutam a relação entre linguagem e IA. Espera-se, então, fomentar um debate que contribua para pensar a ciência, a língua(gem) e a cultura em uma era mediada por algoritmos. O presente simpósio reúne pesquisas dentro de eixos, como (i) linguagem, discurso e inteligência artificial: aproximações entre linguística e tecnologias da linguagem; (ii) arquivos, museus e curadorias digitais: discursos sobre a memória e o patrimônio em tempos de IA; (iii) mediações do saber e circulação de sentidos: produção de conhecimento e linguagem em ambientes digitais; (iv) epistemologias críticas e ética na era algorítmica: autoria, responsabilidade e linguagem automatizada, dentre outros.

Palavras-chave: Discursos; linguística; Inteligência Artificial; Museus; Arquivos.

Simpósio 7

Data: 02/07/2025

Horário: 14h

Proponentes: Prof. Dra. Cláudia Maris Tullio (UNICENTRO); Eduarda Carolina Annies (PPGL/UNICENTRO).

O PAPEL DA LINGUAGEM NA PRODUÇÃO DE JUSTIÇA SOCIAL

Este simpósio propõe discutir a centralidade da linguagem na construção da justiça social, explorando as interfaces entre Direito e Linguística a partir de perspectivas críticas. Ancorado na Análise Crítica do Discurso, especialmente na abordagem de Norman Fairclough (2016), parte-se da concepção de que a linguagem não apenas representa o mundo, mas o (re)constrói, sendo atravessada por relações de poder e ideologia. O discurso jurídico, nesse contexto, é compreendido como prática social situada historicamente, responsável por legitimar normas e organizar formas de controle social. A proposta busca reunir investigações que reflitam sobre práticas discursivas no campo jurídico a fim de compreender como esses discursos produzem efeitos, categorizam sujeitos, (re)afirmam estruturas de exclusão ou resistência e legitimam práticas institucionais. Também são bem-vindas reflexões sobre o papel da linguagem em processos de criminalização, judicialização de corpos e vozes, apagamento de identidades subalternizadas e afirmação de direitos em contextos de vulnerabilidade social, como no caso de populações indígenas, pessoas LGBTQIA+, juventudes periféricas, entre outros grupos historicamente marginalizados. Ao articular linguagem e justiça social, o simpósio visa promover um espaço interdisciplinar de reflexão sobre como a linguagem pode tanto operar como instrumento de dominação quanto servir à promoção da equidade, da diversidade e dos direitos humanos. Espera-se, assim, fomentar uma práxis jurídico-discursiva mais crítica, ética e transformadora, comprometida com a justiça em suas múltiplas dimensões.

Palavras-chave: Linguagem; Justiça Social; Interdisciplinaridade.

Simpósio 8

Data: 01/07/2025

Horário: 14h

Proponentes: Gabriela Gonçalves Ribeiro (PPGL/UFSM); Jaíne de Fátima Machado da Silva (PPGL/UFSM); Heitor Pereira de Lima (PUC MINAS/UFSM); Robson Severo (PPGL/UFSM)

DICIONÁRIOS, ENCICLOPÉDIAS E VOCABULÁRIOS: A PALAVRA NO ENTREMEIO DA ANÁLISE DE DISCURSO E DA HISTÓRIA DAS IDEIAS LINGUÍSTICAS

Possuímos uma relação de nunca acabar com as palavras. E dessa relação pulsa nosso interesse em tomar a palavra e a história das palavras (Petri, 2018) como materialidades sociohistóricas (Pêcheux, 1997) circunscritas nos mais diversos instrumentos linguístico-discursivos, tais como dicionários, vocabulários e enciclopédias, entre outros. Tomamos os Instrumentos Linguísticos a partir do que estabeleceu Auroux (1992), constituídos em um dado momento histórico e sob determinadas condições de produção. Nos campos de estudo da Análise de Discurso Materialista e da História das Ideias Linguísticas, estes instrumentos linguísticos são tomados como passíveis de análise e objetos de diversas pesquisas (Mazière, 1997; Orlandi, 2002; Nunes, 2006; Petri, 2010), uma vez que são compreendidas como fundamentais na constituição do que o Auroux (1992) nomeia como revolução tecnológica da gramatização. Partimos da leitura de que as palavras não têm um sentido único, universal e atemporal, em nosso gesto analítico entendemos que elas devem ser compreendidas em sua historicidade, ou seja, nos diferentes sentidos que assumem conforme circulam em formulações linguísticas e formações discursivas. Nesse sentido, refletir sobre a palavra nos diferentes espaços e em relação com a estabilização dos Instrumentos Linguísticos nos possibilita “um lugar privilegiado de observação da forma como a sociedade produz seu conhecimento em relação à nossa realidade” (Orlandi, 2002, p.124). Portanto, este simpósio propõe reunir pesquisas que tenham relação com a articulação teórico-metodológica da AD e da HIL, tendo como objeto simbólico-discursivo palavras, vocabulários, dicionários, enciclopédias e ainda, listas de palavras, glossários, dicionários de línguas e/ou de especialidades, tal como diz Flores (2019). Neste simpósio, pretende-se fomentar o diálogo entre pesquisadoras e pesquisadores de diferentes regiões e instituições, promovendo um espaço enriquecedor de debate e reflexão sobre questões teórico-analíticas em instrumentos linguísticos.

Palavras-chave: Análise de Discurso Materialista; História das Ideias Linguísticas; Palavra; Instrumentos linguístico-discursivos.

Simpósio 9

Data: 02/07/2025

Horário: 14h

Proponentes: Profa. Renata Adriana de Souza (UNICENTRO); Fernanda Kulis (PPGL/UNICENTRO); Sandy Aline Palczuk (PPGL/UNICENTRO)

DISCURSO, MÍDIA E POLÍTICA: PRODUÇÃO DE SENTIDOS, COLONIALIDADE E RESISTÊNCIA

Este simpósio tem como objetivo reunir trabalhos que investiguem, sob uma perspectiva discursiva, as intersecções entre discurso, mídia e política. São bem-vindas propostas que também abordem questões de gênero, raça, classe e território, compreendendo essas categorias como estruturantes na produção social de sentidos, tendo em vista atravessarem as diferentes instâncias e os debates políticos e midiáticos. Partimos do entendimento de que, em uma formação social capitalista e colonial, as relações são marcadas por contradição, desigualdade e subordinação. Esse modo de funcionamento se traduz em formas diversas de exploração, bem como na reprodução de graus profundos de colonialidade do ser, do saber e do poder, que moldam as relações sociais e discursivas contemporâneas, assegurando a continuidade do projeto colonial. Interessa-nos discutir como sujeitos e sentidos são produzidos, os múltiplos lugares de enunciação, considerando o não-sentido como constitutivo do dizer. Buscamos trabalhos que discutam sobre práticas discursivas de resistência, de enfrentamento da diferença e que abordem a produção de sentidos outros, capazes de desestabilizar posicionamentos hegemônicos, mesmo em contextos marcados por relações de dominação. Convidamos pesquisadores e pesquisadoras a submeterem trabalhos que dialoguem com essas problemáticas e que contribuam para pensar criticamente os modos de produção, circulação e confrontação de sentidos nas tramas sociais e discursivas contemporâneas.

Palavras-chave: Discurso; Mídia; Colonialidade; Resistência.

Simpósio 10

Data: 03/07/2025

Horário: 14h

Proponentes: Clara do Prado Patricio (LABELL/PPGL/UFPR); Profa. Dra. Maria Cleci Venturini (PPGL/UNICENTRO/UFPR)

PROVOCAÇÕES SOBRE DISCURSOS DE ÓDIO EM ARQUIVOS/CORPUS CONSTITUÍDOS EM REDES SOCIAIS

A partir da perspectiva pêcheutiana de discurso – e com a possibilidade de dialogar com outros referenciais neste simpósio – compreendemos (1) o discurso como o espaço de articulação entre a linguagem e a ideologia, como o efeito de sentido social e histórico entre sujeitos inscritos em suas respectivas historicidades (Pêcheux, 1997; Venturini; Scherer, 2017); e (2) o movimento pendular de analistas de discursos entre teoria e objeto de análise como dispositivo experimental (Petri, 2013) que provoca o vaivém de sentidos e o movimento de quem analisa (ampliando os sentidos de “provoca” e “provocação”, aqui). Desde a popularização do uso das redes sociais, os discursos circulam, produzindo sentidos localizados sendo, um deles, aquele mobilizado e que mobiliza o ódio. Como dizem Venturini e Scherer (2017), os discursos do/sobre o ódio; para Menezes (2019), o problema do ódio, o ódio problematizado. Os discursos de ódio, como chamaremos, geralmente estão direcionados a grupos específicos, principalmente àqueles minorizados socialmente e sua compreensão no movimento analítico pendular pode ser construída pelo sujeito que analisa, a partir de seu olhar teórico e do objeto de análise. Sobre estes últimos, delimitamos que os arquivos/corpus, a depender do momento de organização da análise, sejam produzidos e/ou circulem nas redes sociais, para que possamos encontrar aproximações e afastamentos em nossas investigações sobre discursos de ódio em arquivos/corpus constituídos em redes sociais, a partir da análise do discurso de linha francesa.

Palavras-chave: Análise de Discurso. Pêcheux. Discurso de Ódio. Redes Sociais. Metodologia.

Simpósio 11

Data: 02/07/2025

Horário: 14h

Proponente: Alex Colman (UBA)

ARCHIVOS, MEMORIAS Y EMOCIONES: PRÁCTICAS DISCURSIVAS EN CONFLICTO

El presente simposio convoca investigaciones que aborden los fenómenos archivísticos como espacios dinámicos de construcción de memorias, identidades y afectos. Se propone examinar el papel activo que desempeñan los archivos –en especial aquellos constituidos como lieux de mémoire, en el sentido propuesto por Pierre Nora– en la configuración de sentidos sobre el pasado, sus legados y las disputas que suscita en el presente. El archivo es concebido en su dimensión simbólica y política como soporte de inscripciones heterogéneas que permiten diversas formas de lectura, apropiación y resignificación. Interesa especialmente indagar las tensiones entre los usos institucionales del archivo y las formas alternativas y contrahegemónicas de reconstrucción histórica, la inscripción en ellos de afectos, conflictos y posiciones ideológicas, así también los modos en que las huellas de los sujetos atraviesan y reconfiguran los documentos. Las contribuciones podrán abordar, entre otras problemáticas: a) Las vías por las cuales archivos institucionales, públicos o comunitarios facilitan lecturas críticas o “a contrapelo” de los relatos oficiales; b) Las marcas de heterogeneidad que cruzan los documentos archivísticos y su articulación con discursos de circulación pública, mediática o política; c) Las modalidades de activación de los archivos en la producción historiográfica y en la representación discursiva del passado; d) Las funciones que el archivo cumple como operador simbólico en la elaboración subjetiva, política o colectiva de las memorias. En una óptica interdisciplinaria, este simposio invita a presentar trabajos que integren enfoques del análisis del discurso, los estudios sobre memorias sociales, la historiografía y las teorías sobre emociones y afectos. El propósito es reflexionar sobre los archivos como espacios de producción simbólica, disputa política y mediación afectiva, con atención a sus condiciones de inscripción y a sus usos en prácticas discursivas contemporáneas.

Palabras-clave: Archivos; Memorias; Discurso; Afectividades; Heterogeneidades.

Simpósio 12

Data: 01/07/2025

Horário: 14h

Proponente: Ma. Emanuelle de Queiroz Oliveira Estiphano (PPGL/UNICENTRO); Dra. Mariana da Silva Santos; Ma. Vanessa Ferreira de Andrade (PPGL/UNICENTRO)

ESPAÇO, MEMÓRIA E POLÍTICA: A POTÊNCIA DA LITERATURA

Este simpósio propõe refletir sobre a literatura e as artes como arquivos vivos, que registram, elaboram e tensionam modos de transmitir histórias, afetos e experiências coletivas e individuais. Partimos da ideia de que, mais do que simples repositórios de memória, as produções artísticas operam como formas potentes de construção simbólica, capazes de intervir nas narrativas históricas e nas representações culturais de espaço e tempo. Nos interessa discutir como diversas expressões — literatura, artes visuais, música, cinema, entre outras — atuam na criação e preservação de memórias, muitas vezes se constituindo como alternativas às formas institucionais de registro. Essas materialidades frequentemente desestabilizam fronteiras entre o estético e o político, entre o documental e o artístico, configurando-se como instrumentos de reflexão crítica sobre a memória, a ancestralidade e os modos de pertencimento. A proposta busca, assim, fomentar um espaço de diálogo interdisciplinar que explore as relações entre espaço, memória e política nas práticas artísticas contemporâneas. Convidamos trabalhos que investiguem como diferentes formas de expressão artística elaboram experiências situadas, produzem deslocamentos e atuam na construção de outros modos de existir, lembrar e narrar. Ao privilegiar essa perspectiva ampla e transversal, o simpósio acolhe pesquisas que se debrucem sobre múltiplos gêneros e suportes — como romance, conto, poesia, prosa híbrida, imagens, performances, canções, produções audiovisuais, entre outros —, ampliando o debate sobre o papel das artes na constituição de arquivos que afirmam singularidades e provocam deslocamentos no campo da memória social.

Palavras-chave: Arquivo; Literatura; Vozes femininas; Marginalidade; Memória.

Simpósio 13

Data: 30/06/2025

Horário: 16h

Proponentes: Dra. Adriana Cristina Bernardim (LABELL/UNICENTRO); Dr. Leandro Tafuri (LABELL/UNICENTRO); Dra. Maria Claudia Teixeira (LABELL/UNICENTRO)

DISCURSO, MEMÓRIA E HISTÓRIA: ANÁLISE DE DIFERENTES MATERIALIDADES EM ESPAÇOS MUSEAIS

Este simpósio está aberto para submissão de trabalhos que analisem distintas materialidades discursivas que circulam nos museus. De acordo com Venturini (2024), os museus operam a partir de um projeto de gestão que orienta e estrutura as exposições funcionando como “lugares de memória”. Nesse sentido, destaca-se que o sujeito está condenado à interpretação da história, entendida como historicidade. Como afirma Pêcheux (1999), a memória não é uma esfera plana, mas um “bólido de sentidos”, sustentando discursos que já circularam em outros espaços e tempos. Assim, serão bem-vindos trabalhos que explorem o museu enquanto espaço de produção discursiva, investigando a história que sustenta as exposições e compreendendo o discurso como “efeito de sentido entre A e B” (Pêcheux, 2019).

Palavras-chave: Museu; Discurso; Memória.

Simpósio 14

Data: 30/06/2025

Horário: 14h

Proponentes: Ma. Cecília Rafaelly de Oliveira Rutkoski (LABELL/PPGL/UFPR); Ma. Elenir Guerra (PPGL/UNICENTRO); Ma. Katielli Chaves Antunes (LABELL/ PPGL/UNICENTRO – Bolsista SETI)

LIBRAS E RESISTÊNCIA: DISCURSOS SOBRE O SUJEITO SURDO E A DIVERSIDADE LINGUÍSTICA

O 1º Simpósio centrado em Libras proposto no Colóquio Museus tem por objetivo abrir um espaço para a pesquisa e a discussão sobre como o sujeito surdo se inscrevem em diferentes posições discursivas e as manifestações da língua, da cultura e da identidade surda, discursivizando o imaginário das lutas do movimento surdo no reconhecimento da diversidade Linguística de Libras. O evento acolhe pesquisas que envolvem tanto as línguas orais quanto as línguas de sinais, com especial atenção à Libras (Língua Brasileira de Sinais), em sua complexidade linguística, social, cultural e discursiva. Nesse sentido, os sujeitos tomam posição e realizam gestos de interpretação como forma de resistência ao funcionamento da interdição do sujeito surdo, de acordo com Orlandi (2002, p.103), os “textos produzidos em certas condições de produção” se filiam a determinadas redes de memória. O ressoar de tais efeitos de sentidos resulta da opacidade da língua, dos furos no eixo da formulação e da inscrição dos sujeitos em formações discursivas. Reconhecendo as rupturas discursivas em relação à posição que o sujeito-surdo ocupa, bem como em relação ao lugar da Libras na formação social. Este simpósio busca, assim, fortalecer a interlocução entre pesquisadores/as, estudantes e professores/as interessados/as em refletir sobre os desafios e potencialidades das línguas e linguagens em sua pluralidade, com ênfase na promoção da diversidade linguística e da inclusão. Aceita propostas de trabalho que aproximem e disseminem produções que tenham como objeto de estudo as questões relativas ao sujeito surdo e à Libras e centrem suas discussões ao político e à diversidade linguística do Brasil.  Propomos duas questões norteadoras, quais sejam: 1) Como os sentidos de ser surdo e de insistir em poder sê-lo, afasta-se do arremedo ouvintista? Como o discurso sobre inclusão circula na formação social e, nessas condições, como a Libras tem tido lugar nas escolas e na formação social urbana?

Palavras-chave: Diversidade linguística; Sujeito surdo; Libras; Memória.

 Cronograma de apresentações

No VII Colóquio Internacional Museus, Arquivos e suas Interfaces e IV Exposição Itinerante Holocausto em Cena, que ocorre entre 30 de junho e 04 de julho de 2025, propomos discutir discursos museológicos, arquivos, considerando as interfaces. Tomamos, inicialmente, Museus e Memoriais como espaços de observação e, também, outros espaços que abarcam o simbólico pela língua na história.

As inscrições para proposição de simpósios temáticos (em formato híbrido) encontram-se abertas até o dia 30 de maio e devem ser enviadas para o e-mail museuscoloquio@gmail.com. O título do e-mail deve ser “Proposta de Simpósio”.

A proposta deve apresentar um resumo de 200 a 300 palavras, seguido de 3 a 5 palavras-chave e o texto deve estar formatado em fonte Arial 12, espaço 1,5, em arquivo editável, informando o tema do Simpósio, a filiação teórica e os objetivos. Serão aceitos Simpósios propostos por Mestres e Doutores.

Além disso, solicitamos que os proponentes enviem, no e-mail, uma foto em JPEG, bem como o link do Currículo Lattes, informem se o simpósio é on-line ou presencial. É importante que os proponentes  se inscrevam no site do evento, tendo em vista a certificação. Os simpósios ocorrerão no período da tarde, das 14h às 16h, por isso, solicitamos que, os proponentes informem o dia da semana em que pretendem desenvolver o simpósio. Informamos que a criação do link do simpósio será de responsabilidade dos proponentes.

Equipe de organização:

Profa. Dra. Maria Cleci Venturini – Coordenadora geral do evento

Profa. Dra. Nilcéia Valdati (UNICENTRO)

Profa. Dra. Verli Petri da Silveira (UFSM)

Profa. Dra. Gesualda dos Santos Rasia (UFPR)

Profa. Dra. Adriana Bernardim (UNICENTRO)

Profa. Dra. Maria Claudia Teixeira  (UNICENTRO)

Prof. Dr. Leandro Tafuri (Centro Universitário Guairacá – UFPR)

Profa. Dra. Mariana Silva Santos - (UNICENTRO)

Doutoranda Katielli Chaves Antunes (UNICENTRO)

Primeira circular

Profa. Dra. Maria Cleci Venturini – Coordenadora geral do evento

Profa. Dra. Nilcéia Valdati (UNICENTRO)

Profa. Dra. Verli Petri da Silveira (UFSM)

Profa. Dra. Gesualda dos Santos Rasia (UFPR)

Profa. Dra. Adriana Bernardim (UNICENTRO)

Profa. Dra. Maria Claudia Teixeira  (UNICENTRO)

Prof. Dr. Leandro Tafuri (Centro Universitário Guairacá – UFPR)

Profa. Dra. Mariana Silva Santos - (UNICENTRO)

Doutoranda Katielli Chaves Antunes (UNICENTRO)

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