
XXX Semana de História/X Jornada PET-HISTÓRIA – O Ofício do Historiador: Dinâmicas em um Mundo Globalizado
A XXX Semana de História/X Jornada PET-HISTÓRIA – O Ofício do Historiador: Dinâmicas em um Mundo Globalizado é um evento que reúne, reflete, difunde e constrói espaços sistemáticos e dedicados para atividades realizadas nas diferentes instâncias que formam a comunidade do Departamento de História da UNICENTRO, campus Santa Cruz e campus Coronel Vivida. O tema selecionado para a edição desse ano propõe uma reflexão sobre o fazer histórico, a partir de questionamentos teóricos e metodológicos. As palestras e mesas-redondas selecionadas irão dialogar com os campos de teoria da história, metodologia e ensino. Para além dessa temática, os Simpósios Temáticos e Minicursos estão abertos a outros períodos e temas históricos. O evento tem impacto acadêmico (formação de quadros), científico (difusão de resultados de pesquisa, ensino e extensão) e prevê, como produto a publicação de anais.
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Segunda - 18/08 | Terça - 19/08 | Quarta - 20/08 | Quinta - 21/08 | Sexta - 22/08 | |
Manhã | 08h: Mesa Redonda: Discutindo a Extensão - Local: mini auditório Prática Extensionista Universitária: os desafios no processo de desenvolvimento da extensão (Ana Clara Ramos e Baraque Santos) Patrimônio, Educação e Cultura: a produção de materiais didáticos para o ensino de história local (Yasmin Rodrigues, Fernanda Telma e João Gabriel Dzioba) Educação em tempos de isolamento social: um recorte de comunidade escolar de Guarapuava-PR (Alexsandro Rodrigues, Bruna dos Santos e Giordanna Zucolotto) Cultivando a Vida: perspectivas da prática extensionista (turma do 3º ano da manhã) | 08h: Sessões de Simpósios Temáticos ST 2 - CULTURA, ETNIAS E IDENTIFICAÇÕES: DISCUSSÕES NO CAMPO DA HISTÓRIA -Local: Mini auditório ST 5 - Ambiente, Desenvolvimento e História Sala: 239 | 08h: Mesa-redonda: História e Cidades: Perspectivas de Análise - Local: Miniauditório | 08h: Minicursos Mc 1 - Deslocamentos forçados e direitos humanos: políticas alimentares em perspectiva histórica - Local: Sala de eventos Mc 3 - História Oral e Interdisciplinaridade: Vozes, Saberes e Práticas - Local: Miniauditório | 08h: Sessões de Simpósios Temáticos ST 1 - História, Arte e Mídias: Memória e Imagem no Ofício do Historiador - Local: Mini auditório |
Tarde | Exposição da Extensão - Local: em frente ao mini auditório 14h: Sessões de Simpósios Temáticos ST 2 - CULTURA, ETNIAS E IDENTIFICAÇÕES: DISCUSSÕES NO CAMPO DA HISTÓRIA - Local: Mini auditório | 14h: Minicursos Mc 5 - Fontes Orais e Práticas de Escrita: Mulheres Indígenas, Camponesas e Periféricas na História - Local: Sala 238 Mc 6 - Saúde, Refúgio e Fronteiras: Bioética e Políticas Internacionais no Século XXI - Local: Sala 239 | 14h: Sessões de Simpósios Temáticos ST 4 - Possibilidades de pesquisa em História das Mulheres, Gênero e interseccionalidades - Local: Mini auditório 17h30: Lançamento de livros - Sala de Eventos | 14h: CinePET: Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças (Local: Cinema da Unicentro) 17h: Inauguração da Praça Teresinha Saldanha (em frente a Unicentro) | 14h: Minicursos Mc 2 - Vampiros no Folclore e na Literatura: Euro-orientalismo e o sobrenatural (1690-1880) - Local: Sala de Eventos Mc 4 - Perspectivas sobre o Fenômeno Religioso: nos cruzamentos entre História e Cultura - Local: Mini auditório |
Noite | Local: Sala de Eventos 18h: Apresentação Cultural: Trio Rapositas 18h30: Homenagem à professora Terezinha Saldanha 19h: Palestra de Abertura - Ofício de Historiador: entre a crise das verdades e a urgência da memória | 19h: Sessões de Simpósios Temáticos ST 2 - CULTURA, ETNIAS E IDENTIFICAÇÕES: DISCUSSÕES NO CAMPO DA HISTÓRIA - Local: Mini auditório ST 4 - Possibilidades de pesquisa em História das Mulheres, Gênero e interseccionalidades - Local: sala de eventos | 18h: Apresentação Cultural: Nataline Birnfeld 19h: Mesa-redonda: Reflexões teóricas-metodológicas da História Cultural - Local: Sala de Eventos | 19h: Sessões de Simpósios Temáticos ST 1 - História, Arte e Mídias: Memória e Imagem no Ofício do Historiador - Local: Sala de Eventos ST 3 - Crenças, Narrativas e Poder: Diálogos entre Religião, Cultura e História - Local: Mini auditório | 18h: Apresentação Cultural 19h: Palestra de Encerramento: O Orientalismo Globalizado: os desafios do ofício históricos no mundo multipolar - Local: Sala de Eventos |
Coronel Vivida
Segunda (18/08) | Terça (19/08) | Quarta (20/08) | Quinta (21/08) | Sexta (22/08) | |
Noite | Transmissão da Abertura | Palestra Cinema de Horror e História: Possibilidades de Pesquisa (Prof. Dr. Gabriel Elysio Maia Braga) | ST 7 - A Pesquisa História em Perspectiva | Mc 7 - A SEGUNDA ESCRAVIDÃO: O BALANÇO DO DEBATE NO CAMPO DA HISTÓRIA | Transmissão do Encerramento |
Programação STs
CAMPUS SANTA CRUZ
Segunda - 18/08 | Terça - 19/08 | Quarta - 20/08 | Quinta - 21/08 | Sexta - 22/08 | |
Manhã | 08h-12h ST 2 - CULTURA, ETNIAS E IDENTIFICAÇÕES: DISCUSSÕES NO CAMPO DA HISTÓRIA
Danusa Prestes Do Nascimento – Processos Crimes Envolvendo Mulheres Em Guarapuava (1970-1977) Eloisa França Cavalheiro – Costurando Histórias: Mulheres Guarapuavanas Que Desde 1980 Transformam Tecidos Em Identidade Leticia da Silva Machado – Os 30 Anos Do Clube Soroptimista Em Guarapuava, Paraná: Uma Análise Histórica E Social (1996-2012) Giovanna Carneiro - "A GREVE DOS PROFESSORES DE 1988 NO PARANÁ: IDENTIDADES SINDICAIS E AS LUTAS POR EDUCAÇÃO PÚBLICA NA REDEMOCRATIZAÇÃO" Guilherme Lourenço Bueno – O Diabo Mora Na Cultura Camillo - A Luta Por Justiça: O Caso Rubens Paiva Karina Araújo - Dinâmica nas Aulas de História ST 5 - Ambiente, Desenvolvimento e HistóriaAnderson Luis Ferreira – O Direito A Uma Outra Cidade: A Multifuncionalidade Da Agricultura Urbana E Periurbana Como Uma Possibilidade De Combate Às Desigualdades Estruturais Lucy Victoria Chimilowski - Refugiados E Refugiadas Do Haiti No Brasil: Desastres Socioambientais, Reexistências E Politicas De Integração. Camilly Dalzoto Pavelski - Abelhas E Humanos: A Meliponicultura Como Eixo De Uma História Ambiental E Decolonial. William Bruno Correa - Vozes De Um Estado Submerso: A Enchente Do Rio Iguaçu Em 1983 Valéria Dorneles Fernandes - Notas de pesquisa: reunioes do Comité Interamericano Permanente Antiacridiano (América do Sul) | 08h-12h ST 1 - História, Arte e Mídias: Memória e Imagem no Ofício do HistoriadorTainá Maria Vieira Da Rocha Silva – O Sublime Em La Trinchera E El Hombre En Llamas Kalani Pampuch Camargo Machado – Abaporu vs. Dragão de Bersek: memes e a ressignificação da modernidade artística nas redes sociais (2018-2022) Rodolpho Bastos – As Múltiplas Faces Das Deusas Antigas e as Experiências Transtemporais Sobre o Campo Do Sagrado e Do Feminino, Na Personagem Da Virgem Maria No Filme Io Sono Con Te (2010) | |||
Tarde | 14h30-18h ST 2 - CULTURA, ETNIAS E IDENTIFICAÇÕES: DISCUSSÕES NO CAMPO DA HISTÓRIASarah Moraes Bento - Análise das Obras de Scholastique Mukasonga Ellen Rodrigues Dos Reis - Fome E Seca No Nordeste: Uma
Análise Historiográfica Através Das Músicas De Luiz Gonzaga Thalia Lorenzi - "Gerações de Amanhã" - a esperança de um Brasil unido na cartilha "Getúlio Vargas: o Amigo das Crianças" (1940) Charlize Hillig - Políticas Públicas e seu Rebatimento no Território Brasileiro |
| 14h-17h30 ST 4 - Possibilidades de pesquisa em História das Mulheres, Gênero e interseccionalidadesBeatriz Rodrigues - Feridas Abertas: Glória Anzaldúa E As Línguas Em Disputa
Yasmin Brandt Rodrigues - Entre O Tradicional E O Moderno: Feminismos E Feminilidades Nas Páginas Da Revista Única (1925)
Késia Marques - História, Gênero E Biografias: A Construção Do Feminino Na Estética Y2K Bruna Eduarda Fiorentin - Mulheres Negras no Instagram: Autoestima e Autodefinição | ||
Noite | 19h-22h ST 2 - CULTURA, ETNIAS E IDENTIFICAÇÕES: DISCUSSÕES NO CAMPO DA HISTÓRIAGiordanna Aparecida Zucolotto – O Vestuário No Brasil Império: Uma Análise Acerca Dos Trajes E De Suas Atribuições No Estado Do Paraná (1852-1889) Nataline Nascimento Birnfeld – Guarda Nacional Em
Guarapuava: Uma Análise Da Estrutura Militar Provinciana No Século XIX. Bruna Delponte Dos Santos - Gritos De Liberdade Pela Revolução Farroupilha Kailane Iaciuk - Hábitos alimentares dos descendentes de ucranianos em Prudentópolis Paraná Juliano Cesar Lopes Mendes - A resistência indígena nos campos de nerinhê, séc. XIX: reinterpretação da história de laranjeiras do sul - PR
ST 4 - Possibilidades de pesquisa em História das Mulheres, Gênero e interseccionalidadesLais Aparecida Vasconcelos - A Revista Capricho E A Construção De Representações De Gênero: Uma Revisão Historiográfica (1990-2023) Ellen Rodrigues Dos Reis - Mulheres Negras E A Estética Y2K: Problematizações Sobre A Retomada E As Representações Raciais Nos Editoriais De Moda (2020-2024). Ana Valéria Dos Santos Silva - De Etelvina A Maninha Xukuru Kariri: Raízes, Resistência E Representatividade No Movimento Indígena Emilly Cruz De Oliveira - Protagonismo Feminino Na Luta Pela Terra: Um Olhar Sobre Os Movimentos Sociais No Campo Carlos Eduardo - Do Esquecimento À Luta: O Caso David Kulak E A Violência Contra LGBTQIA+ Na Imprensa De Guarapuava
| 19h-22h ST 1 - História, Arte e Mídias: Memória e Imagem no Ofício do HistoriadorLucas Cravalheiro Do Nascimento – Ghost Of Tsushima e a Crítica Historiográfica Do Contexto Histórico Ao Roteiro Da Obra Audiovisual Vitor Gemelli Chaves – 40 Acres E Uma Mula: A Relação Entre Ex-Escravizados, Guerra De Secessão e Entretenimento Nos Eua Kauane Aparecida Matias Bispo - Onde A Dor Se Fez Canção: Uma Análise Do Blues Como Resistência Dos Negros Nos Estados Unidos Por Meio Da Canção ‘Strange Fruit’ Rafael França Fontana – Temores Tecnológicos Na Guerra Fria: Misantropia Programada E A Consciência Destrutiva Emergente ST 3 - Crenças, Narrativas e Poder: Diálogos entre Religião, Cultura e HistóriaRodolpho Bastos - Entre O Dogma E O Mito: Imaginários Medievais Sobre A Virgem Maria Como Submissa, Guerreira Ou Deusa Pablo dos Santos Ribas - Territorialidade das Benzedeiras e sua Representação Cultural e Religiosa em Guarapuava Pamela Miler - A Quebra da Santidade do Corpo e os Limites da Ciência: Uma análise de Frankenstein pela Ótica da Ciência na Modernidade Kamili Mayara De Lima Oliveira - Mulheres Como Instrumento Do Diabo: A Dança Com O Demônio Nos Sabás No Malleus Maleficarum (Século XV) Thais Ribas Batista - Quando O Diabo É Mulher: Infância, Maturidade E Velhice Sob O Olhar Do Cinema De Horror |
CAMPUS CORONEL VIVIDA
Quarta feira (20/08)
ST 7 - A Pesquisa História em Perspectiva
Valmor Rufatto Benetti Junior – Entre A Poesia E A Política: As Músicas De Chico Buarque Nos Tempos Da Ditadura Militar
Leonardo Rodrigues – Revisionismo E Negacionismo Histórico Na Obra De Leandro Narloch: Um Debate Sobre Escravidão E Cultura Afro-Brasileira No "Guia Politicamente Incorreto Da História Do Brasil" (2009)
Vanderlei Sebastião De Souza – Radicalismo Eugênico e Racismo No Brasil Dos Anos 1930: Uma Análise A Partir Da Obra De Renato Kehl
Simpósios Temáticos
Simpósios Temáticos
Guarapuava / Campus Santa Cruz
ST 1 - História, Arte e Mídias: Memória e Imagem no Ofício do Historiador
Coordenadores: Profª Mestranda Kalani Pampuch Camargo Machado (UFPR) e Prof. Dr. Rodolpho Bastos (Unicentro)
Este ST propõe reunir pesquisas sobre a relação entre História, arte e mídias, acolhendo abordagens que tratem de imagens em suportes diversos - do impresso ao digital - , seus usos historiográficos e vínculos com cultura, política e imaginários sociais. Valorizamos estudos sobre imagens e disputas narrativas, cultura visual, e desafios ético-metodológicos nos estudos dessas mídias.
ST 2 - CULTURA, ETNIAS E IDENTIFICAÇÕES: DISCUSSÕES NO CAMPO DA HISTÓRIA
Coordenadores: Prof. Dr. Cleyton Rodrigues dos Santos (Unicentro); Profª Drª. Beatriz Anselmo Olinto (Unicentro) e Prof. Dr. Odinei Fabiano Ramos (Unicentro)
A proposta de Simpósio Temático tem como objetivo a problematização das práticas e produções culturais; a reflexão sobre a produção de História Cultural; as pesquisas em torno das construções identitárias, étnicas e de migrações de grupos humanos. Visa promover a interlocução de pesquisadores/as que desenvolvem estudos tendo como preocupação o tratamento da documentação histórica submetida à reflexão crítica considerando a possibilidade de articulação entre os temas ligados à presente proposta.
ST 3 - Crenças, Narrativas e Poder: Diálogos entre Religião, Cultura e História
Coordenadores: Prof. Me Osorio Vieira Borges Junior (UFMG) ; Prof. Dr. Gabriel Elysio Maia Braga (Unicentro) e Profª Mestranda Isabella Rizh (UFPR)
Este simpósio propõe refletir sobre as interações entre religiões, culturas e processos históricos, explorando como crenças e práticas religiosas moldam discursos, legitimaram poderes e influenciaram identidades coletivas. A partir de perspectivas interdisciplinares, busca-se analisar tanto as continuidades quanto os conflitos entre tradições religiosas e dinâmicas culturais, valorizando olhares diversos e promovendo um diálogo entre história, antropologia e ciências sociais.
ST 4 - Possibilidades de pesquisa em História das Mulheres, Gênero e interseccionalidades
Coordenadoras: Profª Drª Luciana Rosar Fornazari Klanovicz (Unicentro) e Profª Drª Ana Claudia Abreu (Campo Real)
O Simpósio Temático pretende fornecer um panorama dos estudos de gênero, enquanto campo específico de conhecimento, incluindo seus usos em diversas áreas do conhecimento, onde o atravessamento de gênero e suas articulações de classe, raça/etnia, sexualidade e geração são alvo de pesquisa acadêmica. Serão bem-vindos os trabalhos dedicados à recepção e circulação de ideias ou pensamentos de autoras (es) que possuam a perspectiva das subalternidades, decolonialidade e pós-colonialidade.
ST 5 - Ambiente, Desenvolvimento e História
Coordenadores: Prof. Dr. Jo Klanovicz (Unicentro); Profª Drª Valeria Dorneles Fernandes (UNQ) e Prof. Dr. Matheus Villani Cordeiro (Fiocruz)
O objetivo é discutir transformações ambientais resultantes de dinâmicas econômicas, políticas e culturais, considerando impactos e consequências previstas e imprevistas gerados por projetos de desenvolvimento. Acolhemos leituras que envolvam a construção histórica da relação entre ciência, tecnologia e mundo natural, as práticas culturais, os discursos sobre questões ambientais, os projetos de conservação, além da emergência e consolidação de ambientalismos e dos conflitos socioambientais em diferentes contextos históricos, histórias dos animais, racismo ambiental, entre outros temas.
ST 6 - MULHERES EM MOVIMENTOS: insurgências indígenas, periféricas e camponesas na história
Coordenadoras: Profª Me. Ana Valéria dos Santos Silva (UFGD) e Prof. Mestranda Emilly Cruz de Oliveira (UFGD)
A História das Mulheres surge para enfrentar as lacunas sobre suas lutas e experiências. Como destaca Margareth Rago (1988), a partir da década de 1970, mulheres ingressaram nas universidades e passaram a questionar as omissões históricas de suas atuações. Com isso, pesquisas revelaram as dinâmicas e colonialidades de poder e gênero que limitaram sua presença fora da submissão. Este simpósio temático propõe reunir estudos que explorem as múltiplas ações femininas nos âmbitos político, familiar, social, trabalhista e nas diversas esferas de poder nos séculos XX e XXI.
Coronel Vivida / Campus Avançado
ST 7 - A Pesquisa História em Perspectiva
Coordenador: Prof. Dr. Vanderlei Sebastião de Souza (Unicentro)
O objetivo deste Simpósio Temático é debater as diferentes perspectivas de pesquisas que envolvem o campo da História. Neste sentido, podem se inscrever neste ST desde trabalhos relacionados à perspectivas clássicas envolvendo a História Social e Cultural até temáticas mais recente envolvendo os campos da História Global, História Pública, História Ambiental, História das Ciências, entre outras. O ST receberá propostas tanto de trabalhos já concluídos quanto aqueles em andamentos ou em estágio inicial, incluindo pesquisas de iniciação científica ou trabalhos de estudantes de graduação.
Minicursos Aprovados
Minicursos
Guarapuava/Campus Santa Cruz
Mc 1 - Deslocamentos forçados e direitos humanos: políticas alimentares em perspectiva histórica
Ana Carolina de Carvalho Viotti
Este minicurso propõe uma abordagem histórica e crítica das políticas alimentares em contextos de deslocamento forçado, articulando os direitos humanos à alimentação com dinâmicas de migração, refúgio e despossessão ao longo dos séculos XIX ao XXI. A partir de estudos de caso relacionados a guerras, colonizações, catástrofes humanitárias e conflitos armados, serão discutidas as estratégias estatais, intergovernamentais e comunitárias para o abastecimento alimentar (ou desabastecimento) de populações deslocadas ou confinadas (como campos de refugiados, aldeamentos e zonas ocupadas).
O curso será estruturado em três blocos principais:
1)Introdução aos marcos teóricos e legais do direito à alimentação em situações de deslocamento forçado, com base em tratados internacionais, nas diretrizes do Comitê de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais da ONU e na atuação de agências como FAO e ACNUR;
2)Análise de experiências históricas, como o abastecimento de populações deslocadas durante as Grandes Guerras, o papel dos organismos internacionais (como a FAO e o WFP), e políticas alimentares adotadas durante ditaduras e ocupações militares;
3)Estudo aprofundado da experiência contemporânea da Palestina, com foco na atuação da UNRWA, no bloqueio alimentar imposto à Faixa de Gaza e nas estratégias de controle e resistência alimentar nas zonas ocupadas. Neste bloco, os participantes realizarão uma atividade de análise de documentos (jornais, relatórios da ONU, testemunhos de refugiados, documentos legais e fontes de ONGs), com roteiro orientado de leitura e debate coletivo.
Ao fim, espera-se que os participantes compreendam criticamente os vínculos entre mobilidade forçada, políticas alimentares e regimes de poder, sendo capazes de analisar o papel do Estado, de organismos internacionais e de agentes comunitários na garantia (ou violação) do direito humano à alimentação, com ênfase no caso palestino.
*Este minicurso é organizado pelo PET-Relações Internacionais da Unesp/Marília.
Mc 2 - Vampiros no Folclore e na Literatura: Euro-orientalismo e o sobrenatural (1690-1880)
Gabriel Elysio Maia Braga e Isabella Rizh
Ao longo dos séculos XVII e XVIII, após a descoberta do Novo Mundo, a Europa ocidental mudou seu foco para uma outra região, próxima geograficamente, porém distante em termos de cultura, língua e práticas religiosas. Na década de 1690, chegaram na França os primeiros relatos sobre mortos-vivos causadores de malefício que, no século XVIII, seriam denominados de vampiros pelo padre italiano Gioseppe Davanzati. Os relatos inspiraram produções letradas que decidiram investigar a veracidade do fenômeno, gerando o que Paul Barber denominou de vampiromania (vampire craze, no original). No mesmo século XVIII, poetas e romancistas adotaram a figura do vampiro em suas produções, consagrando a criatura na ficção gótica e de horror. No século XIX, a literatura de vampiros passou a refletir e reforçar visões estereotipadas sobre a Europa Oriental como um espaço arcaico e supersticioso. Obras como Carmilla (1871–1872), de Joseph Sheridan Le Fanu, e Drácula (1897), de Bram Stoker, contribuíram para fixar essa imagem. Além da ficção, textos de literatura de viagem, como Transylvanian Superstitions (1885), de Emily Gerard, também desempenharam um papel importante nesse processo. Embora possivelmente não fosse a intenção dos autores criar tais estereótipos, suas escolhas narrativas — baseadas em folclores, figuras e paisagens já associadas à alteridade — ajudaram a consolidar um discurso que associa o Leste Europeu ao atraso, à barbárie, ao perigo e ao mistério. Esse imaginário foi perpetuado ao longo dos séculos e permanece presente em diversas mídias contemporâneas sobre vampiros. O objetivo desse minicurso é discutir o conceito de Euro-Orientalismo através das figuras dos vampiros folclórico e literário.
Mc 3 - História Oral e Interdisciplinaridade: Vozes, Saberes e Práticas
Valéria Monteiro e Etiene Rabel Corso
Este minicurso tem como objetivo reunir professores, professoras, estudantes, pesquisadoras e pesquisadores que utilizam a história oral como instrumento metodológico, teórico e epistemológico no campo da História e nas Ciências Humanas e Sociais de modo geral. A proposta se fundamenta na compreensão da história oral como prática que ultrapassa as fronteiras disciplinares, articulando saberes e metodologias.
Pretende-se discutir como os relatos orais, as narrativas de vida e os processos de construção da memória contribuem não apenas para a escrita da história, mas também para a escuta sensível, produção de conhecimento situado e o fortalecimento de práticas de pesquisa colaborativas e comprometidas socialmente com as comunidades e coletivos.
Objetivo Geral: Promover a reflexão crítica sobre a história oral como prática metodológica, teórica e epistemológica na construção de narrativas históricas plurais, colaborativas e socialmente comprometidas.
Específicos: Compreender os processos de construção da memória e das narrativas de vida; Refletir sobre os desafios éticos, políticos e metodológicos no uso de fontes orais; Reconhecer a potência da escuta sensível e da produção de conhecimento situado. Analisar experiências e práticas de história oral em contextos de vulnerabilidade social, resistência e produção de saberes marginalizados. Conteúdos:
História oral como prática de resistência e construção de saberes plurais;
Narrativas de vida como fonte histórica e instrumento de análise social;
A escuta sensível e a entrevista em história oral;
Relação entre pesquisador(a) e narrador(a): confiança, vínculo e coautoria;
História oral em contextos de vulnerabilidade, resistência e marginalização;
História oral como prática colaborativa e compromisso social;
Descolonização dos saberes.
Metodologia: O minicurso será desenvolvido de forma expositivo dialogada.
Mc 4 - Perspectivas sobre o Fenômeno Religioso: nos cruzamentos entre História e Cultura
Osorio Vieira Borges Junior
Este minicurso tem como proposta apresentar caminhos para a compreensão da religião a partir de suas relações com a história e a cultura. Considerando que o fenômeno religioso se manifesta de formas múltiplas e dinâmicas nas sociedades humanas, o curso busca destacar como as experiências do “crer” são constantemente atravessadas por contextos históricos, práticas culturais e processos sociais específicos.
Ao longo de quatro horas de duração, distribuídas em encontros intensivos, serão discutidas algumas das principais abordagens no campo da História das Religiões, com ênfase em perspectivas que compreendem o religioso como parte das tramas culturais e históricas das sociedades. A proposta é refletir sobre como as crenças, rituais e representações religiosas se transformam no tempo, se vinculam a formas de poder, identidade, memória e linguagem, e como esses elementos ajudam a compor paisagens simbólicas e sociais diversas.
Voltado a estudantes, docentes, pesquisadoras(es) e demais interessadas(os), o minicurso oferece ferramentas teóricas e metodológicas para pensar as religiões como construções históricas e culturais, evitando visões essencializadas e abrindo espaço para o debate crítico, plural e interdisciplinar.
Ao final do minicurso, as(os) participantes estarão aptas(os) a aplicar os conhecimentos adquiridos em suas próprias investigações acadêmicas, práticas pedagógicas ou reflexões pessoais sobre o fenômeno religioso. A abordagem proposta oferece subsídios para analisar expressões religiosas em diferentes contextos históricos e culturais, contribuindo para a construção de olhares mais críticos, sensíveis e contextualizados sobre as múltiplas formas de crer e viver o sagrado nas sociedades humanas.
Mc 5 - Fontes Orais e Práticas de Escrita: Mulheres Indígenas, Camponesas e Periféricas na História
Ana Valéria dos Santos Silva e Emilly Cruz de Oliveira
As fontes consideradas oficiais, por muito tempo, foram vistas como a única forma legítima de escrever a história. Majoritariamente compostas por vozes masculinas, nelas as mulheres ocupam posições secundárias ou são representadas de maneira submissa, distantes das conjunturas sociais e políticas. No campo historiográfico, isso resultou na marginalização das experiências femininas. Quando se trata de mulheres socialmente excluídas, como indígenas, camponesas e periféricas, essa invisibilização se intensifica, marcada por interseções de gênero, classe e etnia. A presença feminina esteve restrita a locais de submissão, sendo vistas como “parceiras” dos homens, independentemente do grau de parentesco. Lopes (2008) aponta que a terra era bem masculino, transmitido entre homens, e mesmo sendo herdeira direta, a mulher não podia reivindicá-la. Isso é contraditório num movimento social como a reforma agrária, que, embora inovador, reproduz estruturas tradicionais, relegando às mulheres funções domésticas e reprodutivas. A ampliação dos instrumentos analíticos por parte dos historiadores permitiu repensar o conceito de fontes, desafiando a supremacia da escrita como única e neutra. A história oral passou a ser considerada metodologia válida, ainda que cercada por desconfiança no meio acadêmico. Paula Sampaio (2021) e Thiago Cavalcante (2011) defendem que a escolha das fontes e métodos deve derivar das demandas do problema de pesquisa. Isso exige domínio teórico e metodológico para o uso da história oral com rigor científico. Este minicurso propõe apresentar, de modo expositivo e dialogado, caminhos para seu uso em pesquisas sobre mulheres originárias, periféricas e camponesas. Serão analisadas representações dessas mulheres em fontes jornalísticas e documentos oficiais, além do papel da história oral como ferramenta crítica, conforme Venson e Pedro (2012). Por fim, refletiremos sobre seus potenciais e limites na escrita de histórias plurais.
Mc 6 - Saúde, Refúgio e Fronteiras: Bioética e Políticas Internacionais no Século XXI
Lucy Victoria Chimilowski
O minicurso propõe uma análise interdisciplinar sobre a crise dos refugiados no século XXI a partir das perspectivas da história contemporânea, bioética e relações internacionais, com foco na problemática da saúde dos refugiados. Serão discutidas as implicações éticas e políticas relacionadas à negação de asilo por parte de países do Norte Global, os desafios enfrentados pelos sistemas de saúde nos países receptores e os direitos humanos envolvidos no acesso à saúde. O minicurso pretende a partir da apresentação de trechos do documentário Human Flow (dir. Ai Weiwei, 2017) e da exploração de mapas interativos da ONU sobre fluxos migratórios (https://www.unhcr.org) fomentar o debate crítico sobre como os Estados, organizações internacionais e a sociedade civil têm respondido (ou falhado em responder) às demandas sanitárias e humanitárias dos deslocados forçados.
Coronel Vivida/Campus Avançado de Coronel Vivida
Mc 7 - A SEGUNDA ESCRAVIDÃO: O BALANÇO DO DEBATE NO CAMPO DA HISTÓRIA
Cleyton Rodrigues dos Santos e Daniela Vallandro de Carvalho
O historiador norte-americano Dale Tomich, em sua obra Pelo prisma da escravidão: trabalho, capital e economia mundial, afirmou que “a escravidão nas Américas foi o produto histórico da expansão da economia mundial europeia. Disso resultou uma produção sistemática para o mercado, baseada numa forma de trabalho não-remunerada”. Assim sendo, a escravidão não é nem uma relação social tradicional, muito menos uma relação capitalista de produção formal. Ela representa uma forma generalizada de produção de mercadorias por meio de relações de domínio/dominação bastante específicas. Tomando como base o conceito de segunda escravidão formulado por Dale Tomich, o minicurso propõe uma breve reflexão a respeito da intensificação da escravidão nas Américas, e, sobretudo, no Brasil, a partir da passagem do século XVIII para o XIX, como resultado e elemento integrado ao processo de consolidação do mercado capitalista mundial. A reiteração da segunda escravidão ocorreu no período – chamado de Era das Revoluções - de contestação da própria escravidão, enquanto instituição, não apenas por movimentos políticos e sociais, mas também pelos próprios indivíduos escravizados. Trata-se, portanto, de dar enfoque ao trabalho de compreensão e crítica da articulação histórica no sentido de pensar e relacionar temas como escravidão, capitalismo e economia mundial.
Submissão de Comunicações
REGRAS PARA SUBMISSÃO DE PROPOSTA DE COMUNICAÇÃO EM SIMPÓSIOS TEMÁTICOS
1. INSCRIÇÕES
1.1.
Os Simpósios Temáticos da XXX Semana de História/X Jornada
PET-História da Unicentro são espaços para apresentação e discussão de
pesquisas concluídas ou em fase de desenvolvimento.
1.2. Cada
proponente poderá inscrever apenas um trabalho por Simpósio Temático.
Para cada comunicação em Simpósio Temático, serão admitidos apenas uma
autora ou um autor e no máximo duas coautoras ou coautores.
1.3. A inscrição é de responsabilidade da autora ou autor do trabalho.
1.4. As inscrições devem ser realizadas através do site do evento, entre os dias 27 de junho e 01 de agosto de 2025.
1.5. As inscrições são gratuitas.
1.6. No formulário específico, a autora ou autor deverá informar:
a. Nome completo da autoria e da coautoria (quando houver);
b. E-mail de contato;
c. Titulação;
d. Instituição de vínculo ou titulação;
e. Agência de fomento (caso houver);
f. Título do trabalho;
g. Resumo (máximo de 2000 caracteres com espaço);
h. 3 a 5 palavras chaves separadas por ; (ponto e vírgula)
1.7.
No momento de inscrição, as proponentes ou os proponentes deverão
indicar o Simpósio Temático para o qual estão submetendo o trabalho.
A inscrição deve ser feita clicando no botão INSCREVA-SE e seguindo as instruções
Lançamento de Livros
O Lançamento ocorrerá no dia 20/08 (quarta-feira), às 17h30
Livros a serem lançados:
- Naruto e a mitologia: Ecos do passado e de narrativas míticas em Naruto Shippuden (Rodolpho Alexandre Santos Melo Bastos e Daniel Lula Costa)
- "Retorno à pátria alemã": migrações de retorno do Brasil para a Alemanha nazista 1938-1939 (Méri Frotscher)
- Associações de Historiadores no Brasil publicar ou perecer (1961-2005) (Bruna Silva)
- João Cabanas: memórias, representações e a escrita em si (Caroline Tecchio)
- Memória Pública e Arquivos Privados: Políticas de Preservação na década de 1980 (Talita dos Santos Molina Peraçoli)
Cronograma
Inscrições para Comunicações em Simpósios Temáticos: até 27/07
Divulgação das Comunicações Aprovadas: até 04/08
Inscrições para ouvintes em Minicursos: até 13/08
Inscrições para ouvintes geral: até 18/08
Prazos de inscrições
Categoria | Modalidade | Prazo de inscrição | Preço * |
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Apresentador em ST | Apresentador | 01/08/2025 23:59:00 | - |
Ouvinte | Ouvinte | 20/08/2025 23:59:00 | - |
* O preço de inscrição pode variar com inscrição em atividades.
Palestras
Título | ||||||||||||
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Cinema de Horror e História: Possibilidades de Pesquisa | ||||||||||||
DescriçãoLocal de realizaçãoCampus Avançado de Coronel Vivida - Coronel Vivida - Prédio T012 Datas e horários
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Palestra de Abertura | ||||||||||||
DescriçãoOfício de Historiador: entre a crise das verdades e a urgência da memória Local de realizaçãoCampus Santa Cruz - Sala de Eventos - Câmpus Santa Cruz Datas e horários
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Palestra de Encerramento | ||||||||||||
DescriçãoO Orientalismo Globalizado: os desafios do ofício históricos no mundo multipolar Local de realizaçãoCampus Santa Cruz - Sala de Eventos - Câmpus Santa Cruz Datas e horários
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Transmissão da Palestra de Abertura | ||||||||||||
DescriçãoLocal de realizaçãoCampus Avançado de Coronel Vivida - - Prédio T012 Datas e horários
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Transmissão da Palestra de Encerramento | ||||||||||||
DescriçãoLocal de realizaçãoCampus Avançado de Coronel Vivida - Coronel Vivida - Prédio T012 Datas e horários
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teste | ||||||||||||
DescriçãoLocal de realizaçãoCampus Santa Cruz - - Câmpus Santa Cruz Datas e horários
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“ABAPORU VS. DRAGÃO DE BERSEK”: MEMES E A RESSIGNIFICAÇÃO DA MODERNIDADE ARTÍSTICA NAS REDES SOCIAIS (2018 – 2022) | ||||||||||||
DescriçãoLocal de realizaçãoCampus Santa Cruz - Mini auditório - Sede Datas e horários
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Minicursos
Título | ||||||||||||
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Mc 1 - Deslocamentos forçados e direitos humanos: políticas alimentares em perspectiva histórica | ||||||||||||
DescriçãoEste minicurso propõe uma abordagem histórica e crítica das políticas alimentares em contextos de deslocamento forçado, articulando os direitos humanos à alimentação com dinâmicas de migração, refúgio e despossessão ao longo dos séculos XIX ao XXI. A partir de estudos de caso relacionados a guerras, colonizações, catástrofes humanitárias e conflitos armados, serão discutidas as estratégias estatais, intergovernamentais e comunitárias para o abastecimento alimentar (ou desabastecimento) de populações deslocadas ou confinadas (como campos de refugiados, aldeamentos e zonas ocupadas). O curso será estruturado em três blocos principais: 1)Introdução aos marcos teóricos e legais do direito à alimentação em situações de deslocamento forçado, com base em tratados internacionais, nas diretrizes do Comitê de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais da ONU e na atuação de agências como FAO e ACNUR; 2)Análise de experiências históricas, como o abastecimento de populações deslocadas durante as Grandes Guerras, o papel dos organismos internacionais (como a FAO e o WFP), e políticas alimentares adotadas durante ditaduras e ocupações militares; 3)Estudo aprofundado da experiência contemporânea da Palestina, com foco na atuação da UNRWA, no bloqueio alimentar imposto à Faixa de Gaza e nas estratégias de controle e resistência alimentar nas zonas ocupadas. Neste bloco, os participantes realizarão uma atividade de análise de documentos (jornais, relatórios da ONU, testemunhos de refugiados, documentos legais e fontes de ONGs), com roteiro orientado de leitura e debate coletivo. Ao fim, espera-se que os participantes compreendam criticamente os vínculos entre mobilidade forçada, políticas alimentares e regimes de poder, sendo capazes de analisar o papel do Estado, de organismos internacionais e de agentes comunitários na garantia (ou violação) do direito humano à alimentação, com ênfase no caso palestino. *Este minicurso é organizado pelo PET-Relações Internacionais da Unesp/Marília. Local de realizaçãoCampus Santa Cruz - Sala de Eventos - Prédio Central Datas e horários
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Mc 2 - Vampiros no Folclore e na Literatura: Euro-orientalismo e o sobrenatural (1690-1880) Gabriel Elysio Maia Braga e Isabella Rizh | ||||||||||||
DescriçãoAo longo dos séculos XVII e XVIII, após a descoberta do Novo Mundo, a Europa ocidental mudou seu foco para uma outra região, próxima geograficamente, porém distante em termos de cultura, língua e práticas religiosas. Na década de 1690, chegaram na França os primeiros relatos sobre mortos-vivos causadores de malefício que, no século XVIII, seriam denominados de vampiros pelo padre italiano Gioseppe Davanzati. Os relatos inspiraram produções letradas que decidiram investigar a veracidade do fenômeno, gerando o que Paul Barber denominou de vampiromania (vampire craze, no original). No mesmo século XVIII, poetas e romancistas adotaram a figura do vampiro em suas produções, consagrando a criatura na ficção gótica e de horror. No século XIX, a literatura de vampiros passou a refletir e reforçar visões estereotipadas sobre a Europa Oriental como um espaço arcaico e supersticioso. Obras como Carmilla (1871–1872), de Joseph Sheridan Le Fanu, e Drácula (1897), de Bram Stoker, contribuíram para fixar essa imagem. Além da ficção, textos de literatura de viagem, como Transylvanian Superstitions (1885), de Emily Gerard, também desempenharam um papel importante nesse processo. Embora possivelmente não fosse a intenção dos autores criar tais estereótipos, suas escolhas narrativas — baseadas em folclores, figuras e paisagens já associadas à alteridade — ajudaram a consolidar um discurso que associa o Leste Europeu ao atraso, à barbárie, ao perigo e ao mistério. Esse imaginário foi perpetuado ao longo dos séculos e permanece presente em diversas mídias contemporâneas sobre vampiros. O objetivo desse minicurso é discutir o conceito de Euro-Orientalismo através das figuras dos vampiros folclórico e literário. Local de realizaçãoCampus Santa Cruz - Sala de Eventos - Prédio Central Datas e horários
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Mc 3 - História Oral e Interdisciplinaridade: Vozes, Saberes e Práticas | ||||||||||||
DescriçãoEste minicurso tem como objetivo reunir professores, professoras, estudantes, pesquisadoras e pesquisadores que utilizam a história oral como instrumento metodológico, teórico e epistemológico no campo da História e nas Ciências Humanas e Sociais de modo geral. A proposta se fundamenta na compreensão da história oral como prática que ultrapassa as fronteiras disciplinares, articulando saberes e metodologias. Pretende-se discutir como os relatos orais, as narrativas de vida e os processos de construção da memória contribuem não apenas para a escrita da história, mas também para a escuta sensível, produção de conhecimento situado e o fortalecimento de práticas de pesquisa colaborativas e comprometidas socialmente com as comunidades e coletivos. Objetivo Geral: Promover a reflexão crítica sobre a história oral como prática metodológica, teórica e epistemológica na construção de narrativas históricas plurais, colaborativas e socialmente comprometidas. Específicos: Compreender os processos de construção da memória e das narrativas de vida; Refletir sobre os desafios éticos, políticos e metodológicos no uso de fontes orais; Reconhecer a potência da escuta sensível e da produção de conhecimento situado. Analisar experiências e práticas de história oral em contextos de vulnerabilidade social, resistência e produção de saberes marginalizados. Conteúdos: História oral como prática de resistência e construção de saberes plurais; Narrativas de vida como fonte histórica e instrumento de análise social; A escuta sensível e a entrevista em história oral; Relação entre pesquisador(a) e narrador(a): confiança, vínculo e coautoria; História oral em contextos de vulnerabilidade, resistência e marginalização; História oral como prática colaborativa e compromisso social; Descolonização dos saberes. Metodologia: O minicurso será desenvolvido de forma expositivo dialogada. Local de realizaçãoCampus Santa Cruz - Mini auditório - Prédio Central Datas e horários
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Mc 4 - Perspectivas sobre o Fenômeno Religioso: nos cruzamentos entre História e Cultura Osorio Vieira Borges Junior | ||||||||||||
DescriçãoEste minicurso tem como proposta apresentar caminhos para a compreensão da religião a partir de suas relações com a história e a cultura. Considerando que o fenômeno religioso se manifesta de formas múltiplas e dinâmicas nas sociedades humanas, o curso busca destacar como as experiências do “crer” são constantemente atravessadas por contextos históricos, práticas culturais e processos sociais específicos. Ao longo de quatro horas de duração, distribuídas em encontros intensivos, serão discutidas algumas das principais abordagens no campo da História das Religiões, com ênfase em perspectivas que compreendem o religioso como parte das tramas culturais e históricas das sociedades. A proposta é refletir sobre como as crenças, rituais e representações religiosas se transformam no tempo, se vinculam a formas de poder, identidade, memória e linguagem, e como esses elementos ajudam a compor paisagens simbólicas e sociais diversas. Voltado a estudantes, docentes, pesquisadoras(es) e demais interessadas(os), o minicurso oferece ferramentas teóricas e metodológicas para pensar as religiões como construções históricas e culturais, evitando visões essencializadas e abrindo espaço para o debate crítico, plural e interdisciplinar. Ao final do minicurso, as(os) participantes estarão aptas(os) a aplicar os conhecimentos adquiridos em suas próprias investigações acadêmicas, práticas pedagógicas ou reflexões pessoais sobre o fenômeno religioso. A abordagem proposta oferece subsídios para analisar expressões religiosas em diferentes contextos históricos e culturais, contribuindo para a construção de olhares mais críticos, sensíveis e contextualizados sobre as múltiplas formas de crer e viver o sagrado nas sociedades humanas. Local de realizaçãoCampus Santa Cruz - Mini auditório - Prédio Central Datas e horários
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Mc 5 - Fontes Orais e Práticas de Escrita: Mulheres Indígenas, Camponesas e Periféricas na História Ana Valéria dos Santos Silva e Emilly Cruz de Oliv | ||||||||||||
DescriçãoAs fontes consideradas oficiais, por muito tempo, foram vistas como a única forma legítima de escrever a história. Majoritariamente compostas por vozes masculinas, nelas as mulheres ocupam posições secundárias ou são representadas de maneira submissa, distantes das conjunturas sociais e políticas. No campo historiográfico, isso resultou na marginalização das experiências femininas. Quando se trata de mulheres socialmente excluídas, como indígenas, camponesas e periféricas, essa invisibilização se intensifica, marcada por interseções de gênero, classe e etnia. A presença feminina esteve restrita a locais de submissão, sendo vistas como “parceiras” dos homens, independentemente do grau de parentesco. Lopes (2008) aponta que a terra era bem masculino, transmitido entre homens, e mesmo sendo herdeira direta, a mulher não podia reivindicá-la. Isso é contraditório num movimento social como a reforma agrária, que, embora inovador, reproduz estruturas tradicionais, relegando às mulheres funções domésticas e reprodutivas. A ampliação dos instrumentos analíticos por parte dos historiadores permitiu repensar o conceito de fontes, desafiando a supremacia da escrita como única e neutra. A história oral passou a ser considerada metodologia válida, ainda que cercada por desconfiança no meio acadêmico. Paula Sampaio (2021) e Thiago Cavalcante (2011) defendem que a escolha das fontes e métodos deve derivar das demandas do problema de pesquisa. Isso exige domínio teórico e metodológico para o uso da história oral com rigor científico. Este minicurso propõe apresentar, de modo expositivo e dialogado, caminhos para seu uso em pesquisas sobre mulheres originárias, periféricas e camponesas. Serão analisadas representações dessas mulheres em fontes jornalísticas e documentos oficiais, além do papel da história oral como ferramenta crítica, conforme Venson e Pedro (2012). Por fim, refletiremos sobre seus potenciais e limites na escrita de histórias plurais. Local de realizaçãoCampus Santa Cruz - Sala 238 - Prédio Central Datas e horários
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Mc 6 - Saúde, Refúgio e Fronteiras: Bioética e Políticas Internacionais no Século XXI | ||||||||||||
DescriçãoO minicurso propõe uma análise interdisciplinar sobre a crise dos refugiados no século XXI a partir das perspectivas da história contemporânea, bioética e relações internacionais, com foco na problemática da saúde dos refugiados. Serão discutidas as implicações éticas e políticas relacionadas à negação de asilo por parte de países do Norte Global, os desafios enfrentados pelos sistemas de saúde nos países receptores e os direitos humanos envolvidos no acesso à saúde. O minicurso pretende a partir da apresentação de trechos do documentário Human Flow (dir. Ai Weiwei, 2017) e da exploração de mapas interativos da ONU sobre fluxos migratórios (https://www.unhcr.org) fomentar o debate crítico sobre como os Estados, organizações internacionais e a sociedade civil têm respondido (ou falhado em responder) às demandas sanitárias e humanitárias dos deslocados forçados. Local de realizaçãoCampus Santa Cruz - Sala 239 - Prédio Central Datas e horários
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Mc 7 - A SEGUNDA ESCRAVIDÃO: O BALANÇO DO DEBATE NO CAMPO DA HISTÓRIA | ||||||||||||
DescriçãoO historiador norte-americano Dale Tomich, em sua obra Pelo prisma da escravidão: trabalho, capital e economia mundial, afirmou que “a escravidão nas Américas foi o produto histórico da expansão da economia mundial europeia. Disso resultou uma produção sistemática para o mercado, baseada numa forma de trabalho não-remunerada”. Assim sendo, a escravidão não é nem uma relação social tradicional, muito menos uma relação capitalista de produção formal. Ela representa uma forma generalizada de produção de mercadorias por meio de relações de domínio/dominação bastante específicas. Tomando como base o conceito de segunda escravidão formulado por Dale Tomich, o minicurso propõe uma breve reflexão a respeito da intensificação da escravidão nas Américas, e, sobretudo, no Brasil, a partir da passagem do século XVIII para o XIX, como resultado e elemento integrado ao processo de consolidação do mercado capitalista mundial. A reiteração da segunda escravidão ocorreu no período – chamado de Era das Revoluções - de contestação da própria escravidão, enquanto instituição, não apenas por movimentos políticos e sociais, mas também pelos próprios indivíduos escravizados. Trata-se, portanto, de dar enfoque ao trabalho de compreensão e crítica da articulação histórica no sentido de pensar e relacionar temas como escravidão, capitalismo e economia mundial. Local de realizaçãoCampus Avançado de Coronel Vivida - Coronel Vivida - Prédio T012 Datas e horários
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Mesas-redondas
Título | ||||||||||||
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CINEPET - Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças | ||||||||||||
DescriçãoLocal de realizaçãoCampus Santa Cruz - Cinema - Prédio Central Datas e horários
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História e Cidades: Perspectivas de Análise | ||||||||||||
DescriçãoLocal de realizaçãoCampus Santa Cruz - Mini auditório - Prédio Central Datas e horários
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Mesa Redonda: Discutindo a Extensão | ||||||||||||
DescriçãoLocal de realizaçãoCampus Santa Cruz - Mini auditório - Prédio Central Datas e horários
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Reflexões teóricas-metodológicas da História Cultural | ||||||||||||
DescriçãoLocal de realizaçãoCampus Santa Cruz - Sala de Eventos - Prédio Central Datas e horários
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